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21/09 - Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer


Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer
Arte: Edson Luiz

O Alzheimer é uma doença de demência neurodegenerativa que acomete em sua maior proporção a pessoas em sua senescênia. A causa ainda não é conhecida, mas estudos levantam a sua hipótese genética. Caracterizada por uma profunda perda de memória suficiente para influenciar o funcionamento social e ocupacional. É a forma mais comum de demência, afetando aproximadamente 20 milhões de pessoas em todo o mundo.

A doença acontece quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado, essa falha no processamento gera fragmentos de proteínas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Essa toxicidade causa uma perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que é quem controla a memória, e o córtex cerebral que é onde se relacionam atividades de linguagem, raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta, geralmente a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos e pode ser dividido em quatro estágios mas nem sempre o diagnóstico vem antes da evolução da doença, sendo comum descobrir em estágios mais avançados.


Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;

Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;

Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor ao engolir. Infecções intercorrentes.


Principais sintomas:

  • Falta de memória para acontecimentos recentes;

  • Repetição da mesma pergunta várias vezes;

  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;

  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;

  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;

  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;

  • Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

A doença não tem cura, o objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces. Os inibidores da acetilcolina esterase são os únicos agentes aprovados pela Food and Drug Administration para o tratamento da doença de Alzheimer.

Em buscas de terapêuticas complementares à terapia habitual, que amenizem os sintomas da doença ou que retarde seu progresso, temos os fitoterápicos, que vem crescendo cada vez mais no mercado e inclusive no tratamento de pacientes com doenças degenerativas.

A fitoterapia é uma prática milenar que utiliza plantas medicinais e partes delas, bem como, folhas, frutos, sementes, raízes, óleos e extratos, para promover a saúde e amenizar sintomas. O uso dos fitoterápicos vem aumentando com o passar dos anos e com o auxílio de estudos que comprovam sua eficácia e segurança. Na fitoterapia estão incluídos os produtos tradicionais fitoterápicos e o medicamento fitoterápico. Os medicamentos fitoterápicos se aplicam às preparações farmacêuticas tecnicamente elaboradas, como cápsulas, comprimidos, óleos e suspensões orais, por exemplo. A resolução determina que medicamento é aquele obtido com o emprego exclusivo de matérias primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e seja comprovado a sua qualidade. Em outras palavras, a resolução estabelece que o medicamento fitoterápico deva ser reprodutível quanto a sua efetividade e segurança. Muitas substâncias são encontradas em fitoterápicos, sendo estes conhecidos também por metabólitos secundários. Os metabólitos secundários são de diferentes classes e estes apresentam diferentes funções para as espécies vegetais. As principais classes presentes são os terpenos, saponinas e flavonoides que possuem funções extremamente importantes para o tratamento e alívio da doença.


Fitoterápicos e Doença de Alzheimer


A Salvia officinalis também tem ação neuroprotetora e é descrita como uma potencial alternativa natural para o tratamento da doença de Alzheimer. Tem propriedades de ligação colinérgica e faz modulação do humor e no desempenho cognitivo, exibe atividade de receptor de acetilcolina no SNC demonstrando atividade de ligação tanto nicotínicos quanto muscarínicos.

Outra planta que também promove atividade do receptor de acetilcolina do SNC, faz modulação do humor e do desempenho cognitivo é a Melissa officinalis. Algumas evidências ciêntíficas relatam que seu extrato tem eficácia no manejo de quadros leves a moderados da Doença de Alzheimer e também tem um efeito benéfico na agitação.

Os compostos polifenólicos podem regular a hiperfosforilação de tau e a agregação beta-amilóide e reduzir o risco de declínio cognitivo em adultos de meiaidade e idosos. Presentes em várias frutas, vegetais, legumes, nozes e grãos integrais os polifenóis, assim como as vitaminas e os ácidos graxos insaturados reduzem o estresse oxidativo e aumentam a plasticidade sináptica protegendo e garantindo a sobrevivência dos neurônios.


Alimentos e suas classes fenólicas:

  • Quercetina: maçã, cebola, frutas cítricas, romã, framboesa;

  • Antocianidinas: cerejas, framboesas, mirtilos, amoras;

  • Catequinas: chá verde;

  • Resveratrol: vinho tinto, mirtilos, amoras e uvas;

  • Curcumina: cúrcuma;

  • Ácido elágico: romã, morango, amoras;

  • Apigenina: propólis;

Obs. As informações contidas nesse artigo têm caráter informativo, portanto não são utilizadas para auto-diagnóstico, auto-tratamento ou auto-medicação. Procure um especialista em Fitoterapia para um tratamento seguro e eficaz.



Beijos no coração!


Thiago Fernandes

Terapeuta Integrativo | Fitoterapeuta

www.projetosementesdobem.com.br


Referências:

  1. 3 plantas para auxiliar no tratamento de Alzheimer. Autor da Própria Saúde, Caraguatatuba, 18 de agosto de 2022. Disponível em: <https://autordapropriasaude.com.br/3-plantas-para-auxiliar-no-tratamento-de-alzheimer/ >. Acesso em: 21 de setembro de 2022.

  2. AKHONDZADEH, S. et al. Salvia officinalis extract in the treatment of patients with mild to moderate Alzheimer's disease: a double blind, randomized and placebo‐controlled trial. Journal of clinical pharmacy and therapeutics, v. 28, n. 1, p. 53-59, 2003.

  3. AKHONDZADEH, S. et al. Melissa officinalis extract in the treatment of patients with mild to moderate Alzheimer’s disease: a double blind, randomised, placebo controlled trial. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, v. 74, n. 7, p. 863-866, 2003.

  4. Doença de Alzheimer. Ministério da Saúde, Brasil, fevereiro de 2011. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-alzheimer-3/>. Acesso em: 21 de setembro de 2022.

  5. IVANSKI, Flávia et al. Effect of Curcumin on Clzheimer's disease: a systematic review Efeito da Curcumina na doença de Alzheimer: revisão sistemática. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 6, p. 46551-46563, 2022.

  6. WANG, Richard Szewei et al. The combined effect of physical activity and fruit and vegetable intake on decreasing cognitive decline in older Taiwanese adults. Scientific reports, v. 12, n. 1, p. 1-11, 2022.



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